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Assassinado Eugéne Terreblanche o líder e fundador da AWB-Movimento de Resistência Afrikaner

Morreu , no passado dia 3 de Março de 2010, E.Terreblanche, líder da extrema direita Sul-Africana, assassinado na sua granja por dois dos seus empregados enquanto dormia.
Os assassinos, dois empregados seus agrediram-no enquanto dormia, com tubos e com uma catana, alegadamente por questões relacionadas com o pagamento de salários em atraso.
Eugene Terreblanche líder da extrema direita-branca sul-Africana, e fundador da AWB
nasceu em Ventersdorp,
A sua família é descendente de um huguenote que chegou ao cabo em 704, chamado Estienne Terreblanche oriundo de Tolon na Provença..
O avô combateu pelos boers na segunda guerra boer,e o seu pai foi tenente-coronel na Força de Defesa Sul-africana.
Eugene foi policia e nos anos 60 opôs-se ás políticas que considerava liberais de B.J.Vorster 1º ministro da africa do Sul.
Em 1970 com seis outros Afrikaners eugene terreblance formou a AWB (Afrikaner Weerstandsbeweing), uma organização de extrema-direita, e mais tarde também de tipo paramilitar)
Devido às suas qualidades como orador conseguiu muitos seguidores para a sua causa.
Eugene Terreblanche opôs-se veemente ao fim do apartheid e via o fim do apartheid como uma rendição ao comunismo (que naquela altura, 1994 já tinha também ele entrado em declínio pelo mundo fora e estava tal como o apartheid beira do colapso.)
Eugene Terreblanche ameaçava levar a cabo uma guerra cívil a toda a escala caso o governo do Presidente F.W,De Klerk entregasse o poder a Nelson Mandela e ao ANC.
De entre os eventos políticos importantes ressalvam :
Batalha de Ventersdorp
Os confrontos de Ventersdorp, bastião da AWB e também cidade natal lugar de residência e de Eugene terreblanche) , ocorreram no dia 9 de agosto de 1991, no exterior do Town Hall (câmara Municipal) onde o presidente Sul-Africano F.W.De Klerk deveria proferir um discurso naquela cidade.
Naquela altura havia um grande ressentimento por parte da extrema direita contra o presidente De Kler por aquele ter levantado o banimento ao ANC , ter libertado o então líder do ANC , Nelson Mandela da prisão, e por ter encetado negociações com o ANC e os diversos grupos políticos para pôr fim ao Apartheid. .
Nesse dia Eugene Terreblanche e a AWB convocaram um protesto a que afluíram muitos opositores de De Klerk bem como membros paramilitares armados da AWB tendo muitas armas sido confiscadas pela polícia nas artérias adjacentes ao edíficio do Town Hall e nos numerosas operações stop nas proximidades de Ventersdorp.
Os apoiantes da AWB em número próximo dos 2000, estavam armados com caçadeiras e pistolas e muitos deles usavam atigos improvisados de protecção para protegê-los de um possível ataque de gás lacrimogénio por parte da polícia anti-motim.
O Protesto culminou em confrontos entre os cerca de 2000 apoiantes da AWB e cerca de 2000 polícias tendo da escaramuça resultado na morte de alguns membros da AWB e de pelo menos 1 polícia.
As forças de segurança (Polícia) presentes no local igualavam em número os membros da AWB, embora estivessem considerávelmente muito melhores equipadas e treinadas.
Como a AWB cortou a electricidade e disparou contra a polícia, o governo ordenou à polícia que esta disparasse a matar.
Três polícias ficaram feridos e a polícia matou um dos membros da AWB.
A AWB disparou também sobre um minibus da polícia tendo matado um polícia ; no entanto dois membros da AWB foram também mortos quando os agentes da polícia ripostaram de dentro do minibus.
A “batalha de Ventersdorp” foi o primeiro confronto involvendo a polícia sul-Africana no qual a polícia disparou a matar contra manifestantes brancos .
Eugene terreblanche fez questão de aparecer em frente das camaras de televisão e disse em Afrikaans: ”Onde está De Klerk. Quero falar com ele…Ele veio para cá armado. Alí jaz um homem no chão e acolá jaz um homem" (referindo-se ao polícia ferido).
Dos confrontos em Ventersdorp ao todo perderam a vida 3 membros da AWB e uma pessoa que passava pelo local e pelo menos 6 polícias, 13 milicianos da AWB e 29 civís ficaram feridos nas escaramuças.
Outros incidentes involvendo a AWB
Já antes dos acontecimentos de 11 de Maio de 1991 que ficaram conhecidos pela batalha de Ventersdorp, alguns apoiantes armados da AWB liderados por Eugene Teerblanche já se tinham confrontado com a polícia na quinta de de Goedgevonden, em Ventersdorp. quando tentavam desalojar ocupantes negros que se haviam instalado na quinta.
Os membros da AWB conseguiram infiltrar-se por entre a barreira polícia e destruir algumas das estructuras da quinta, quando a polícia abriu fogo sobre eles, ferindo quatro deles.
Os membros das milícias paramilitares da AWB, dirigiram-se então para o bairro negro de Tshing onde atacaram mais casas, antes de a calma ser restaurada pelo ministro da Lei e Ordem, Adriaan Vlok e pelo deputado do Partido Conservador Ferdi Hartzenberg…
A AWB, liderada por Eugene Terreblanche foi também protagonista em 1993 da invasão do Worl Trade Center em Kempton Park, como meio de sabotar o processo negocial com o ANC, que tinha em vista o fim do apartheid e em 1994 aquela organização foi protagonista da tentativa de invasão do Bophutatswana, um dos bantustões, incidente no qual a AWB foi consequentemente derrotada, quando tentava defender o líder autocrático daquele bantustão.
A Invasão do Bophutatswana
Lucas Mangope, o líder autocrático do Bophutatswana já tinha feito saber durante as negociações de Kempton Park que decorreram no World Trade Center daquela cidade, que não permitiria eleições multi-raciais no seu país e que o Bophutatswana iria manter-se independente e não integraria a nova Àfrica do Sul, decisão esta que contou com a crescente oposição da maioria dos cidadãos do homeland.
Lucas Mangope já tinha utilizado a sua força de defesa para reprimir os protestos e as suas forças foram também acusadas de brutalidade policial.
Em virtude dos protestos e da greve-geral levada a cabo pelos funcionários públicos daquele bantustão que paralizou praticamente todos os sectores públicos daquele bantustão e com as forças de defesa do Bophutatswana à beira do motim, Mangope , resolveu pedir a intervenção de forças externas para restaurar a ordem no país, tendo pedido ajuda aos elementos da extrema direita Sul-Africana (AWB e AVF-Afrikaner Volksfront) que acorreram em seu auxílio.
Durante o conflito no Bophutatswana, os membros da AWB e da Afrikaner Volks Front, foram vistos a disparar discriminadamente  e a lançar granadas sobre cívis, durante a passagem das suas colunas militares.
Um jornalista Marinovich reportou na altura ter ouvido um dos milicianos da AWB a dizer em Afrikaans : "Ons is op 'n kafferskiet piekniek"- estamos num pic-nic de tiro aos negros/cafres.
O conflito foi uma revanche para a imagem pública da AWB e de toda a extrema- direita que saiu moralmente derrotada e é lembrado sobretudo por um incidente no qual três membros da AWB foram sumariamente executados por um oficial das forças de Defesa do Bophutatswana em frente às cameras de televisão de todo o mundo.
Naquele incidente os três membros da AWB que seguiam atrás no comboio de viaturas militares, num Mercedes azul, disparavam à sua passagem indiscriminadamente contra civis daquele bantustão, o que levou a que os membros da Força de Defesa do Bophutatswana retribuíssem o fogo, alvejando os três ocupantes do veículo.
Os três membros feridos da AWB saíram do carro ainda com as armas em punho.
Um deles , o coronel Wolfaardt da AWB ainda tentou apontar a sua pistola e disparar mas foi aconselhado pelos jornalistas ali presentes a não fazê-lo e foi consequentemente desarmado.
Um outro polícia leal a Mangope ainda tentou disparar contra os jornalistas presentes mas a sua arma encravou e foi-lhe retirada por outro polícia,.
Menyatsoe, agente das Forças de Defesa do Bophutatswana aproximou-se e perguntou ao Coronel Wofaardt da AWB, se ele era um membro da AWB, ao que o último lhe confirmou que sim e implorou que lhe poupasse a vida bem como a dos outros dois membros feridos da AWB.
O Agente Menyatsoe, então, puxou da sua espingarda R4 e abateu os três homens a queima-roupa enquanto perguntava a alto e bom som: O que é que fazem no meu país?!”
Apesar de tudo Eugene Terreblanche proclamou toda a malograda campanha das suas forças no Bophutatswana como tendo sido uma vitória pois morreram cerca de 100 soldados do Bantustão contra apenas 3 membros da AWB.
(Clique aquí para ver a Reportagem "A morte do Apartheid- O último reduto branco" em Inglês.)
A reportagem "A morte do Apartheid -O último reduto branco" dá a conhecer os eventos marcantes do golpe de estado no Bophutatswana, eventos que foram decisisvos para a queda do Apartheid.
Depois dos acontecimentos no Bophutatswana Eugene Terreblanche não voltou a dar curso às suas ameaças anteriores de uma guerra civil à toda escala.
No período que se seguiu ao fim do apartheid Eugene Terreblanche assim como os seus apoiantes procuraram amnistia para os seus actos anteriores tais como a invasão do World trade Center, a batalha de Ventersdorp e a invasão do Bophutatswana, amnistia que lhes foi concedida pela Comissão de Verdade e Reconciliação (Comissão encarregue de apurar a verdade sobre os crimes políticos ocorridos durante os quase quarenta anos de apartheid na Àfrica do). Sul
Prisão de Eugene Terreblanche
Eugene Terreblanche foi condenado em 17 Julho de 1997 a cumprir uma pena de prisão de 6 anos por ter agredido o funcionário de uma bomba de gasolina e por ter atacado um segurança, tendo sido libertado a 11 de Junho de 2004.
Durante a sua estadia na prisão Eugene Terreblanche tornou-se um Cristão recém-nascido e diz ter mudado muitos dos seus pontos de vista racistas.
Anos mais recentes
Mais recentemente em 2008 e 2009 respectivamente Eugene Terreblanche anunciou a reactivação da AWB e em Abril de 2009 esteve à cabeça de uma convenção cujo objectivo era definir estratégias para a autonomia do povo Boer.
Reações na África do Sul á morte de Eugéne Terreblanche
As reações á morte de Eugene Terreblanche na Àfrica do Sul, foram diversas, sobretudo em tom de ameaça por parte dos extremistas de direita que prometem vingar a morte do seu antigo e carismático líder e também de apelo à calma e ao bom-senso por parte do Presidente Sul-africano Jacob Zuma.
Acredita-se que a controversa canção Shoot the boer, entoada pelo líder da ala juvenil do ANC Julius Malema possa de alguma ter tido alguma influência no assassínio de Terreblanche, sendo um facto que a referida canção incita à violência e promove os sentimentos de tensão e insegurança.
Embora o sentimento geral despoletado pela morte de Terreblanche seja de algum alívio, algumas organizações tanto políticas como civis, embora não partilhando os pontos de vista e as ideias preconizadas por falecido líder da extrema-direita condenaram o homícidio e expressaram as sua condolências à família do falecido neo-nazí, num sinal evidente de boa-vontade.

6 comentários:

Anónimo disse...

Costuma-se dizer que quem vive pela espada, norre pela espada.
Foi também assim nos casos de Jonas Savimbi e de Nino Vieira...

Klaus disse...

Eu não vi arma nenhuma no vídeo do Youtube, e pelo que li em outros sites estes membros haviam sido desarmados anteriormente pela polícia. No vídeo se ve claramente um massacre, um crime contra homens desarmados. O texto deste blog é mentiroso. gostam de puxar saco preto.

Klaus disse...

Eu não vi arma nenhuma no vídeo do Youtube, e pelo que li em outros sites estes membros haviam sido desarmados anteriormente pela polícia. No vídeo se ve claramente um massacre, um crime contra homens desarmados. O texto deste blog é mentiroso. gostam de puxar saco preto.

SERGIODAUDE disse...

Bem, em resposta ao seu comentário Sr. Klaus o episódio tratou-se de uma situação de guerra, na qual os 3 malogrados senhores não despenharam em vez alguma o paplel de santinhos. É sabido que integravam uma coluna de paramilitares, e que dispararam indiscriminadamente sobre mulheres e crianças indefesas.Vê-se na imagem que cada um destes senhores tinha um coldre à cintura. Admira que sendo supremacistas brancos tenham cedido aos caprichos de um individuo negro chamado Mangope, intervindo num conflito em que tiveram uma actuação mais parecida com a de um grupo de mercenários. Deve-se acrecentar que o mais certo tivesse a vantagem mudado a seu favor é que fossem desarmados e presos como elementos subversivos pois ninguém gostaria de se ver associado a AWB. Estavam alí mesmo para serem "carne para canhão" e fazer o trabalho sujo do sr. Mangope (que era preto note-se kkkk). Em resposta directa ao seu comentério este blog não difunde ideias racistas e opõe-se claramente ao racismo e à discriminação racial ou de qualquer outro tipo e portanto não puxa saco nem a pretos, nem a brancos, nem a qualquer origem eétnica. A separação por grupos etnicos apenas trouxe miséria e desestabilidade politica à Africa do Sul causando que o pais evoluisse a duas velocidades.

Anónimo disse...

E em resposta ao seu comentário SrºSergiodaude,os membros do AWB assassinados,eram tão africanos como o preto que os matou a sangue frio e o que dizer dos portugueses assassinados na Africa do Sul,seriam também eles do AWB,não me parace meu caro,e olhe que falo com conhecimento de causa.

Joel marques disse...

Pena não os regarem c gasolina.foi mto rápido...

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