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Aproximam-se os 500 anos da Vila de Camarate....

Paralélamente às tradicionais celebrações do Dia do Trabalhador, feriado nacional, o dia 1 de Maio revestir-se-à este ano de uma importância histórica para a Vila de Camarate, pois assinalam-se neste dia os 500 anos da sua edificação como freguesia independente da freguesia vizinha Sacavém.
Onde se localiza:
Camarate é uma freguesia do concelho de Loures e do Distrito de lisboa e situa-se a norte de Lisboa, com uma área geográfica de 5,17 km² de área e cerca de 18 822 habitantes de acordo com os censos de 2001. A sua Densidade demográfica é de 3 640,6 h/km².
Geografia:
Localizada na parte oriental do concelho, faz fronteira com as freguesias de Frielas (a Noroeste), Apelação (a Norte), Unhos (a Nordeste), Sacavém (a Este), Prior Velho (a Sudeste), todas no concelho de Loures, com Santa Maria dos Olivais (no extremo Sudeste), a Charneca (a Sul), no concelho de Lisboa, e finalmente com o Olival Basto (a Sudoeste), já no concelho de Odivelas.
A zona meridional da freguesia abarca também parte do Aeroporto da Portela de Sacavém.
Inclui inúmeros bairros: Bairro de Angola, da Boavista, da Bogalheira, da CAAR, da Esperança, dos Fetais de Baixo, dos Fetais de Cima, das Fontaínhas, do Grilo, das Loureiras, de Mira-Loures, de Santiago, de Santo António, de São Benedito, de São Francisco, de São João, de São José, de São Lourenço, das Sousas, da Torre, Fonte da Pipa, Mucharros, Quinta de Marvila, Quinta do Paraíso, Quinta de Santa Rosa, Quinta do Galeão, isto para além, claro, do centro da Vila.
História da Vila de Camarate
-As origens do nome:
Socorrendo-nos mais uma vez  da wikipédia:
"O topónimo Camarate parece derivar do facto de, em tempos, aqui se ter cultivado uma casta de videira chamada camarate ou, em alternativa, pelo facto de, na Idade Média, aqui se situar a Camarata Real, onde pernoitavam os nossos reis, quando se dirigiam para o norte do país.
 Mais provável é que o nome derive, porém, do nome de uma família berbere que aí se destacou sob a ocupação mourisca: os Banu Qamaratti.
Durante a Idade Média, Camarate foi, e até ao 1.º de Maio de 1511, parte integrante da vizinha freguesia de Sacavém; surge, no entanto, bastantes vezes mencionada nos documentos, sabendo-se que era - a par de Sacavém, Unhos e Frielas - terra reguengueira. "
O termo "terra reguengueira refere-se à posse e propriedade daquela terra pela Casa Real Portuguesa (pelos reis portugueses).
"Fez parte do dote que Fernando I de Portugal concedeu a sua esposa, Leonor Teles de Menezes.
Por essa altura, durante o governo de Agapito Colona como bispo de Lisboa, foi fundada a primitiva Igreja Matriz, entretanto reconstruída e ampliada.
Por altura da crise de 1383-1385, uma quinta aí situada, pertença do judeu David Negro, almoxarife das alfândegas reais no reinado de D. Fernando, foi confiscada e entregue prontamente a Nuno Álvares Pereira, que aí passou alguns anos com sua mãe, antes de professar no Convento do Carmo.
Nessa quinta fundou o Condestável uma capela consagrada a Nossa Senhora do Socorro, a qual viria a doar aos Carmelitas, que aí fundaram um convento, extinto em 1834.
Por via de Nuno Álvares Pereira, Camararate viria a ser integrada, mais tarde ainda, com muitas terras vizinhas, no património da Casa de Bragança.
A freguesia de Camarate foi enfim criada por um foral (uma carta de privilégios concedida pelos antigos monarcas de Portugal) de D. Manuel I, datado de 1 de Maio de 1511, sendo separada administrativamente da freguesia de Sacavém.
A partir do século XVI tornou-se um local muito concorrido pela nobreza lisboeta, sendo afamada pela sua produção vinícola (da casta camarate, que talvez tenha dado o nome à vila), característica das quintas que fizeram parte do quotidiano desta freguesia até meados do século XX.
Foi parte integrante do Termo de Lisboa (até 1852), depois do concelho de Santa Maria dos Olivais (entre 1852 e 1886); posteriormente voltou a transitar para o concelho de Lisboa (entre 1886 e 1895); por fim, em 1895, foi integrada no concelho de Loures, onde permanece até hoje.
 Em 4 de Junho de 1996 foi elevada a vila pela lei n.º 57/97, aprovada pela Assembleia da República.
Desde meados do século XX, com o desenvolvimento industrial acelerado e subsequente terciarização, a freguesia tornou-se essencialmente um dormitório da capital.

Igreja matriz de S.Tiago de Camarate

Camarate é também conhecida por ser a terra de infância de um dos mais famosos poetas de Portugal do século XX: Mário de Sá-Carneiro, pioneiro do Modernismo na literatura portuguesa e um dos membros da Geração d’Orpheu em conjunto com Fernando Pessoa e Almada Negreiros.
Acima de tudo, Camarate é tristemente célebre pelo acidente que tirou a vida ao então Primeiro-ministro social democrata português, Francisco Sá Carneiro, à sua companheira e ainda ao Ministro da Defesa democrata-cristão Adelino Amaro da Costa, na noite de 4 de Dezembro de 1980, a escassas horas das eleições presidenciais desse mesmo ano, nas quais o candidato do Governo, o general Soares Carneiro, foi derrotado pelo general Ramalho Eanes, que contava com o apoio dos partidos da esquerda.
 Acidente ou atentado—as duas teses digladiam-se desde há quase vinte e cinco anos.
 Essa história esteve na origem do filme Camarate."
Alguns outros aspectos característicos ligados à Vila de Camarate
Um dos elementos característicos  pelos quais esta vila se notabiliza são as suas quintas, que se podem ainda ver um pouco por toda a freguesia, embora muitas delas já não labutem como o faziam outrora...
De entre as suas quintas destacam-se as :Quinta da Encarnação, da Quinta da Ribeirinha, Quinta das Portas de Ferro, Quinta de Santa Teresa, Quinta do Redondo, a Quinta do Ulmeiro e a Quinta das Mil Fontes.
Todas estas quintas notabilizam-se pela sua arquitectura rural e muitas delas caracterizam-se também por possuirem um pórtico.
Para além deste património há a referir como elementos particularmente importantes do património arquitetónico da Vila de Camarate a Capela de Nossa Senhora da Vitória e sobretudo a Igreja Matriz Paroquial de Santiago Maior de Camarate, incluindo o Cruzeiro.
A Igreja de São Tiago de Camarate
A Igreja de São  Tiago Maior de Camarate  localiza-se na confluência da Praça 1.º de Maio com as Ruas Avelino Salgado de Oliveira e Guilherme Gomes Fernandes, no centro da vila, é um dos ex-líbris da Vila e ao longo dos séculos desempenhou um papel preponderante no desenvolvimento urbano da Vila de Camarate.
A primeira igreja de Camarate terá sido mandada construir no século XIV, algures na década de 1370 pelo então bispo de Lisboa D.Agapito Collona.
No entanto aquele primeiro templo foi-se deteriorando e por volta de 1511, aquando da separação da freguesia cívil e da paróquia de Camarate da paróquia vizinha  de Sacavém (por carta de foral de D.Manuel I emitido no dia 1 de Maio de 1511) procedeu-se à reconstrução do templo.
No entanto a Igreja paroquial de Camarate foi alvo de várias reconstruções datando o actual edifício de inícios do século XVII (1600s-...)
Características arquitectónicas:
"Trata-se de um templo de uma só nave, encimado pela capela-mor.
A fachada apresenta-se sóbria, tendo como elemento central o portal rectangular em mármore, encimado por um frontão triangular; sobre este, uma janela rectangular. À direita, acha-se a torre sineira, encimada por uma cúpula.
No interior seiscentista, destacam-se os azulejos brancos e negros dispostos em padrão geométrico, a pedra do altar em mármore e ainda o tecto recoberto de pinturas dos meados do século XVII representando cenas da vida do apóstolo Santiago Maior.
S.Tiago, Patrono de Camarate
 Ao longo da nave encontram-se quatro altares laterais, e ainda dois a rodear a capela-mor, dedicados, respectivamente, a Santiago e a Nossa Senhora de Fátima.
De destacar também o belíssimo trabalho da talha dourada na capela-mor, bem como o tecto de estuque.
Nas duas paredes laterais do altar-mor acham-se duas telas recentemente restauradas, pintadas por volta de 1710 por António Machado Sapateiro.
No exterior, no adro da Igreja, acha-se também um magnífico cruzeiro manuelino, o único elemento do conjunto que remonta ao século XVI."
Importa referir que este monumento foi declarada Imóvel de Interesse Público pelo decreto n.º 2/96, de 6 de Março de 1996.
-Importa referir que a Vila de Camarate tem crescido bastante e cresceu imenso nos últimos 20 anos.
Este progresso benéfico por um lado pois veio de alguma forma a satisfazer algumas das carências da população, por outro lado também "sacrificou" algum do património arquitectónico da Vila a mercê da construção de acessos rodoviários e também da construção de empreendimentos de habitação.
Um pouco mais sobre os hábitos e costumes....
-Camarate possui um clube de futeból o Águias de Camarate, que tem a sua sede nas imediações do centro da vila e que há já muitos anos tem sido um dos pólos dinamizadores da cultura desportiva na freguesia, além de possuir também algumas outras pequenas agremiações que além de promoverem também o desporto promovem também o associativismo unindo as camadas seniores e infanto-juvenís.
Não fugindo já a este tema cabe referir neste âmbito o papel importante desempenhado também ao longo dos anos pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Camarate que durante muitos anos apoiaram o desporto na freguesia.
Importa notar que practicamente todos os bairros de Camarate possuíam até bem pouco tempo a sua agremiação (Associação Cultural e Recreativa).
-Nas camadas seniores da população, dentro do espírito associativo importa destacar a Columbofilia e a criação e corridas de pombos...são muitos os pombais existentes nesta vila, existe inclusive uma associação columbófila não muito longe do centro da vila e algumas outras dispersas pelos vários bairros que compõe a freguesia de Camarate.
-Há também uma Associação de Reformados que organiza bailes duas vezes por semana e que presta auxilio a idosos e funciona como centro de dia.
Heráldica de Camarate, armas e simbolos
"Camarate usa a seguinte bandeira e brasão de armas:
Um escudo de prata, com cruz flordelisada de vermelho, vazia do campo, acompanhada em ponta por dois cachos de uvas de púrpura, folhados de verde.
 Uma coroa mural de prata de quatro torres.
Um listel branco, com a legenda de negro, em maiúsculas: «CAMARATE».
 Bandeira esquartelada de vermelho e branco; cordões e borlas de prata e vermelho.
Em termos de simbologia, a cruz flordelisada alude à presença do Condestável D. Nuno Álvares Pereira na povoação (esta cruz constituía as armas dos Pereiras, e surge também, por exemplo, no brasão da freguesia onde nasceu o Santo Condestável - Cernache do Bonjardim); quanto aos cachos de uvas, representam a produção vinícola que em tempos aqui existiu, e de cuja casta eventualmente terá derivado o nome da própia terra.
Este brasão de armas deriva do original proposto pelo heraldista Afonso Dornelas, na primeira metade do século XX.
À data, no entanto, a coroa mural era de apenas três torres (reflectindo o estatuto da povoação, que era apenas um lugar, e não uma vila); de igual modo, a bandeira seria de púrpura, por analogia com o esmalte das uvas.
No entanto, até 1996, a freguesia de Camarate usou oficiosamente uma bandeira gironada de oito peças de branco e vermelho (por analogia com o esmalte da cruz e o metal do campo do escudo).
Esta partição, contudo, era inadmissível, já que, na heráldica portuguesa, apenas as cidades têm o direito de usar tais bandeiras; a situação seria finalmente corrigida com a elevação da povoação de Camarate ao estatuto de vila, tendo-se mantido as cores da bandeira, mas alterada a sua partição para esquartelada."
(In Wikipedia-Camarate)
Viscondado de Camarate e Viscondes de Camarate
Muita gente não saberá isto por certo, mas Camarate foi (e é ) um viscondado e teve inclusive um títular nobliárquico de Visconde de Camarate.
Segundo pude averiguar consultando a informação disponível na wikipedia e da qual trancrevo:
"O título de Visconde de Camarate foi instituído por decreto de D. Luís I de 25 de Maio de 1870 e confirmado por carta do mesmo monarca de 31 de Maio do mesmo ano em favor de Hermenegildo Augusto de Faria Blanc."
Era segundo consta:
Bacharel formado em direito; Fidalgo da Casa Real; do conselho d'el Rei D. Luis I de Portugal; Comendador da Ordem de Cristo; Ajudante do Procurador Geral da Coroa e Fazenda e antes Delegado do Procurador Regio na 2º Vara da Comarca de Lisboa; Deputado da Nação nas Legislaturas de 1860-61, de 1861-64, e na de 1865-68.
Casou em primeira nupcias em 1844 com D. Maria da Purificação de Lima, que faleceu em 1862 e de quem teve geração e descende o presente Visconde de Camarate.
Foi também militar e distinguiu-se nas lutas liberais nos Açores e no siítio à cidade do Porto onde devido aos ferimentos recebidos em combate teve uma perna amputada.
Lista de viscondes de Camarate
1º Hermenegildo Augusto de Faria Blanc (23 de Setembro de 1809 - 14 de Janeiro de 1882);
2º João Augusto de Faria Blanc (20 de Julho de 1848 - 1934),
3º Hermenegildo Augusto de Faria Blanc (22 de Outubro de 1853 - 1942);
4º Hermenegildo Augusto de Faria Blanc (7 de Outubro de 1875 - 23 de Junho de 1958);
5º Hermenegildo Augusto de Faria Blanc (9 de Junho de 1904 - 1983);
6º Victor Manuel de Jesus de Faria Blanc (19 de Fevereiro de 1936)

Comemorações dos 500 anos da Vila de Camarate
A Junta de Freguesia de Camarate tem levado a cabo na decorrência das comemorações não só algumas acções de divulgação dos 500 anos da Vila de Camarate mas também tem realizado alguns eventos culturais tais como concertos musicais, exposições entre outras coisas.
Relacionado:
-Blog: Jornal de Camarate
-Junta de Freguesia de Camarate
-Grupo Desportivo Águias de Camarate
-A.H.B.V. de Camarate

2 comentários:

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