Francisco Leitão no tribunal |
Para o colectivo de Juízes que julgou o caso, foi pouco relevante o facto de até ao momento ainda não terem sido descobertos quaisquer dos corpos das vítimas uma vez que foi valorizado o testemunho de mara Rodrigues, uma das testemunhas arrolada no processo que afirmou ter visto Joaquim Leitão matar Ivo Delgado.
Segundo notíciou o jornal o "Correio da Manhã" na sua edição do dia 20 de Janeiro
"A testemunha referiu que se deslocou com o arguido e Ivo Delgado a um local isolado repleto de árvores na zona da Foz do Arelho, Caldas da Rainha.
Nesse local, contou a testemunha, Francisco Leitão estava encarnado por uma entidade espiritual a quem chamada "velho", que a obrigava a "fazer coisas que ela não queria", ao amedrontá-la de que teria de cumprir ordens para que a alma do seu pai (falecido em 2004) "em desassossego" pudesse ficar em paz.
Após uma discussão entre Ivo Delgado e o arguido sob o disfarce do "velho", a quem aquele não queria obedecer, o arguido terá agarrado "numa barra de ferro" da parte da frente do veículo Mitsubishi Space Star, desferindo-a na cabeça de Ivo.
De seguida, meteu a vítima no banco de trás do carro, ligando-o e seguindo em direcção a Caldas da Rainha pela estrada do Vau (Óbidos), seguidos por Mara Pires, que seguia atrás com o seu carro.
Em vez de cortarem a caminho do hospital, para onde Mara Pires pensava que iam, o arguido conduziu-os até uma cabana localizada numa zona junto ao cemitério de Nossa Senhora do Pópulo, na cidade de Caldas da Rainha, onde a testemunha "ainda viu sangue" na vítima, mas já não a ouviu a respirar.
Chegados ao local, os três eram esperados por 'João da Roulotte', que se afastou com a testemunha no sentido de se "ir embora", tendo regressado ao local, alegadamente para ambos enterrarem o corpo, acontecimento a que Mara Pires já não assistiu.
Ao apontar onde estaria enterrado o corpo de Ivo Delgado durante o primeiro interrogatório, Mara Pires chegou a conduzir os inspectores da PJ ao sítio, sem que contudo tenha sido descoberto o cadáver da vítima, apesar das escavações efectuadas."
Rei Ghob |
João da Roullote disse numa das sessões do julgamento não saber porque é que a testemunha ocular Mara Pires o acusa e o implicou no desaparecmento de Ivo Delgado, ex-namorado de Francisco Leitão.
Mara Pires, que se encontra presa no Estabelecimento Prisional de Tires por sequestro de um idoso, disse também ter sido violada por João Jacinto (ou João da Roullote) e que os dois, João Jacinto e Francisco Leitão estavam envolvidos directamente no homicídeo de Ivo Delgado.
De acordo com a notícia públicada pelo jornal "Expresso" de Domingo 22 de Janeiro de 2012:
"Dados fornecidos pela operadoras de telecomunicações móveis permitiram aos inspetores concluir que a localização do telemóvel e respectivo cartão de Francisco Leitão coincidia com a das vítimas.
A coincidência de locais onde se encontraram os telemóveis de Francisco Leitão (Rei Ghob) e das vítimas levou a Polícia Judiciária a constitui-lo único arguido no caso dos quatro homicídios que está a ser julgado no Tribunal de Torres Vedras.
Fonte ligada ao processo explicou à agência Lusa que, durante as investigações, as operadoras de telecomunicações móveis forneceram dados à Polícia Judiciária (PJ) que permitiram aos inspetores concluir que a localização do telemóvel e respetivo cartão do arguido seria a mesma da das três vítimas.
Trata-se de uma prova relevante que permitiu à PJ concluir que, por detrás das mensagens escritas (sms) enviadas em nome das vítimas dos seus telemóveis para os das famílias estaria o sucateiro da Carqueja, que se terá apropriado deles depois de as matar, a 5 de junho 2008 (Tânia), 26 de Junho 2008 (Ivo) e 3 março 2010 (Joana).
Segundo a mesma fonte, assim se explica que, dezasseis dias depois da morte de Tânia Ramos, a operadora de telemóvel tenha percebido que o cartão de telemóvel da vítima teria sido inserido no aparelho do arguido.
De igual modo, no telemóvel de Leitão esteve inserido um número alternativo de Ivo (registado já depois do seu desaparecimento).
Aquando de uma deslocação a Espanha, já depois da morte de Joana, Francisco Leitão deixou o seu telemóvel desligado na casa da Carqueja e levou o cartão de Joana dentro do telemóvel do Ivo".
A defesa de Francisco Leitão, que durante todo o julgamento permanceu calado, tendo ousado da palavra apenas para declarar a sua inocência diz que irá recorrer da medida de coacção aplicada ou seja os 25 anos de prisão.
Francisco leitão num documento manuscrito enviado à RTP diz-se inocente das acusações de que é alvo e afirma : "O que se passou com eles não sei, não sou o pai deles.
Perguntado sobre os abusos sexuais que terá levado a cabo, o Rei Ghob negou igualmente as acusações.
"Não lhes fazia mal nenhum. Se lhes fizesse, (os adolescentes) não iam para lá."
É possivel que venham a ocorrer ainda mais desenvolvimentos sobre este caso que segundo um dos investigadores apenas poderá ser completamente desvendado com a colaboração do arguido."Sem ela os corpos nunca serão encontrados".
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Rei Ghob, o Rei dos gnomos : O triplo homicídio de Peniche Julho de 2010
2 comentários:
A ver se desta que ele abre a boca.....
A boca não sei mas o cú vai ..... lol
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