O jornal Catalão "El Periodico" noticiou dia 28 de Julho o fim de uma injustiça na China,que já perdurava por décadas desde a revolução cultural empreendida por Mao Tse Tung...
Segundo se podia ler no cabeçalho daquele diário "A China ilegalizou o escárnio público"..."Fim de uma práctica indignante".
Indignante sim...
Também de acordo com a notícia públicada naquele diário foi um triunfo da pressão exercida por muitos cidadãos que na blogosfera se insurgiram contra o escárnio público das prostitutas... e de acordo com aquele jornal " um abuso corrigido".
O Ministério da Segurança Pública Chinês, ordenou à polícia que respeitasse os direitos dos detidos, o que descarta todo o tipo de exposição pública e toda e qualquer medida que vulnerabilize a sua dignidade.
"Passaram quatro anos desde que em Shenzen, a mais moderna e resplandecente megapóle chinesa, uma centena de prostitutas enfileiradas escutaram os seus nomes proferido por um megafone e os supostos delitos.
A operação foi televisionada.
A polícia esperava um aplauso pela sua eficácia mas sofreu uma tempestade de críticas da parte de internautas, advogados, activistas e pessoas razoáveis em geral, incluindo-se aí também os editores da imprensa e meios de comunicação oficiais.
Os escárnios públicos estão presentes na história chinesa.
Durante a revolução cultural era habitual os guardas vermelhos fazerem desfilar os presumíveis intelectuais e contra-revolucionários para que aqueles sofressem a mofa e os golpes e agresssões da multidão.
Alguns governos locais chineses, alheios à evolução social repetiram a mesma táctica apelando ao seu caracter dissuasor. No principis do mês, a policia de Wuhan (província de Hubei) publicou o nome de prostitutas e dos seus clientes , juntamente com a sua idade e endereço.
e esta semana circular na internet fotos de duas raparigas que foram detidas em Dongguan (Guandong).
Estavam descalças, enfileiradas e amarradas por una corda comprida , como animais de cultivo.
Reacção furiosa
A reacção foi tão furiosa como nos tempos da revolução cultural, mas em sentido contrário....
Se antes a sociedade castigava a vítima apedrejando-a, hoje a sociedade alinha-se com a vítima, apela aos direitos humanos e denuncia a brutalidade policial
"No seriam prostitutas se não tivéssem que pagar a escola aos seus irmãos mais novos ou de alimentar os seus pais".
"Conheço prostitutas que doaram centenas de iuans às vítimas do terremoto de Sichuan.Também são seres humanos, onde estão os seus direitos?"
Estes são alguns dos exemplos daquilo que se pode ler estes dias na internet.
A polícia de Dongguan deu uma explicação confusa que não convenceu ninguém...."
(in "El Periodico" 28 de Julho de 2010)
Prostituição na China
A prostituição é ilegal na China embora se encontre espalhada por cabeleireiros,casas de massagens e hoteis onde segundo o El Periodico uma pessoa recebe propostas sexuais mesmo antes de descalçar-se...
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