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Sakhine Ashtiani apareceu na televisão iraniana....

Eis os últimos desenvolvimentos do caso da mãe iraniana condenada à morte no Irão e que tem desencadeado um coro de protestos da comunidade internacional:
"TV mostra confissão de iraniana:Advogados de Ashtiani dizem que ela foi torturada na prisão "
CLÁUDIA LUÍS - claudialuis@jn.pt
ver foto em : http://blogdofavre.ig.com.br/tag/direitos/
Sakineh Mohammadi Ashtiani - a iraniana condenada à morte por apedrejamento apareceu na televisão estatal do Irão a confessar o adultério e o homicídio do marido.
 Ashtiani ainda declarou que não conhece o seu advogado, Mohammad Mostafaei.
No programa "20.30", emitido anteontem, Ashtiani leu um comunicado, no qual admitiu
ter traído o marido com um primo dele e que este sugeriu matar o seu  fotocompanheiro.
"Pensava que ele estava a brincar, até descobrir que era assassino de profissão", disse Ashtiani, cuja cara foi ocultada pelo canal.
 "Matou-o, ligando à electricidade", acrescentou.
Segundo a agência Reuters, o responsável pela Justiça do Azerbaijão afirmou, no mesmo programa que Ashtiani injectou um anestésico no marido e esperou que ele ficasse inconsciente, mas "o verdadeiro assassinato foi por ligação da electricidade ao pescoço".
 No entanto, a detenção do primo de Ashtiani não está ainda confirmada.
Quanto a um dos seus advogados, Mostafaei, Ashtiani questiona-o:
"Como te atreves a usar o meu nome, a mentir em meu nome, a dizer coisas sobre mim que não são verdade?"
Mostafaei, que se encontra sob o asilo norueguês, não duvida que Ashtiani está a ser coagida pelas autoridades iranianas.
Numa entrevista à CNN, o advogado afirma que "o programa '20.30' é controlado pelos serviços secretos iranianos e que, em muitas situações, emite reportagens falsas".
Outro dos advogados da iraniana, Houtan Kian, disse ao "The Guardian" que Ashtiani foi agredida violentamente e torturada na prisão para confessar os crimes.
"Propaganda tóxica"
Entretanto, um grupo de direitos humanos que luta contra a morte por apedrejamento, declarou que o programa não passa de "propaganda tóxica" e lembrou que Ashtiani já antes tinha negado as acusações de adultério.
Já a Amnistia Internacional alerta que Ashtiani pode ser morta a qualquer instante.
Recorde-se que enorme exposição mediática deste caso por todo o Mundo exerceu pressão sobre as autoridades iranianas.
 O presidente brasileiro Lula da Silva chegou mesmo a oferecer asilo a Ashtiani no Brasil. 
(in mynetpress.com- Ver notícia original)
Torturada e obrigada a confessar
As notícias dão conta de que a Sr.a Sakhine poderá ter sido torturada e obrigada a confessar o adultério e o homicídio do marido.
Segundo notícia publicada no mesmo site:
"Sakineh Ashtiani torturada para confessar assassinato na televisão"
Advogado de iraniana condenada à morte por lapidação diz que execução pode vir a qualquer momento.
A televisão pública iraniana transmitiu na quarta-feira o que diz ser uma confissão de Sakineh Mohammadi Ashtiani.
Porém, na entrevista, a voz de Ashtiani foi dobrada por outra mulher, com a justificação de que o seu forte sotaque azeri seria difícil de compreender por alguns iranianos.
(O vídeo sem comentários e nem traduções)
Na gravação, Sakineh Ashtiani admite ter sido cúmplice no assassinato do marido e ter mantido uma relação extraconjugal com o primo daquele.
 Ashtiani reconhece ainda saber da intenção do amante de matar o seu marido, mas diz ter pensado ser uma brincadeira - até ao dia em que "ele trouxe aparelhos eléctricos, cabos e luvas" e assassinou o marido da iraniana por electrocussão.
Na entrevista emitida pela televisão iraniana, ouvem-se ainda criticas a Mohammad Mostafaei - advogado que se encontra exilado na Noruega - por ter tomado o caso público, e Ashtiani afirmará mesmo que não o conhecia.
"Perguntei-lhe como se atrevia a usar o meu nome, a mentir no meu nome, a dizer coisas sobre mim que não são verdade", diz. Mostafaei tem uma versão diferente: "Conheci-a no ano passado na prisão de Tabriz.
 Sou seu conselheiro legal e o meu objectivo é ajudá- -la a sobreviver."
Em declarações ao "The Guardian", o outro advogado de defesa, Houtan Kian, explica a divergência de versões: Ashtiani terá sido espancada e torturada durante dois dias, antes da entrevista.
 "Ela foi obrigada a dizer aquelas coisas na televisão, 100% obrigada."
 E uma das provas, acrescenta, é o facto de acusar os media ocidentais de se meterem na sua vida Kian teme mesmo que as autoridades acelerem a execução de Ashtiani pela admissão de cumplicidade no homicídio do marido.
A Amnistia Internacional (AI) já condenou publicamente a suposta confissão.
Drewery Dyke, da equipa da AI no Irão, afirma mesmo que o caso dá uma imagem "de paródia" do sistema judicial iraniano.
Sara Pereira
(ver o original da notícia em mynetpress.com)
Reaccção da Amnistia Internacional
No sítio da Amnistia Internacional Portuguesa pode lêr-se:
"A Amnistia Internacional criticou a “confissão” televisiva, feita na noite de ontem, de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana acusada de adultério e a aguardar execução por apedrejamento, na qual, aparentemente, confessava estar implicada no assassinato do marido.
A entrevista foi emitida na Quarta-feira, dia 11 de Agosto, no programa de Seda va Sima das 20h30 da Televisão da Republica Islâmica do Irão.
As “confissões” televisivas têm sido repetidamente usada pelas autoridades para incriminar indivíduos que se encontram sob custódia.
Muitos retratam-se mais tarde destas “confissões”, afirmando terem sido coagidos a fazê-las, por vezes sob tortura ou outros maus tratos.
“Esta “confissão” faz parte de um crescente padrão de outras confissões e declarações auto-incriminatórias feitas por muitos detidos neste último ano”, disse Hassiba Hadj Sahraoui, Vice-Director da Amnistia Internacional do Programa do Médio Oriente-Norte de África.
“Declarações feitas desta maneira, na televisão, não deveriam ter qualquer validade no sistema legal iraniano nem na revisão do seu caso.
Este recente vídeo não mostra mais do que a falta de provas contra Sakineh Ashtiani”, disse Hassiba Hadj Sahraoui.
A Amnistia Internacional sabe que na semana passada o advogado de Sakineh Mohammadi Ashtiani, Javid Houtan Kiyan, apresentou um pedido de 35 páginas para a revisão judicial do caso dela.
Espera-se que haja uma resposta no dia 15 de Agosto ou por volta dessa data.
“Parece que as autoridades iranianas orquestraram esta “confissão”, no seguimento do pedido de uma revisão judicial e estarão a inventar novas acusações contra ela pelo assassinato do marido, disse Hassiba Hadj Sahraoui.
Relatos não confirmados de que Sakineh Mohammadi Ashtiani teria sido torturada ou mal tratada recentemente na prisão central de Tabriz, reforçam ainda mais as preocupações da Amnistia Internacional.
“A emissão da ‘Confissão’ televisiva de Sakineh Mohammadi Ashtiani põe em causa a independência do poder judiciário, pelo menos em relação à televisão oficial e da sua capacidade de obedecer às leis do Irão.
Se a Magistratura no Irão quer ser levada a sério, não pode considerar esta “confissão” e devem ser dadas garantias de que não afectará a revisão do caso”, disse Hassiba Hadj Sahraoui.
Este caso, bem como os meios vergonhosos que as autoridades iranianas se servem não deixam de fazer jús ao cada vez maior isolamento internacional em que aquele país se encontra.
parafraseando um comentário aposto no jornal "The Guardian":
"Não admira portanto que ninguém goste deles
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Charia
-Para saber mais sobre a luta plos direitos humanos no Irão visite o sítio persian2english.com/ (clique aquí)
Neste Blog:
1-Mãe Iraniana condenada à morte por apedrejamento
2-Irão recusa oferta de Lula da Silva de asilar condenada à morte no Brasil
3-Amnistia apela contra apedrejamento de Kobra Babaei

6 comentários:

Anónimo disse...

EU FICO PASMA, BUSH E AINDA BARACK AINDA MATAM MILHÕES DE GENTE NO IRAQUE E NO AFGHANISTÃO E SIMPLESMENTE ISSO É IGNORADO, MAS COMO AMERICANOS QUEREM DETERIORAR O IRÃ, AFINAL SÃO LACAIOS DOS JUDEUS, FAZEM UM TREMENDA PROPAGANDA CONTRA AHMADINEJAD. QUE TAL REVER AS TORTURAS QUE ACONTECEM AOS INOCENTES EM ABU GHRAIB E EM GUANTANAMO???? AMERICANOS TEM PENA DE MORTE PRA ASSASSINOS, POR QUE IR XERETAR NO QUINTAL DO VIZINHO. MALDITOS CÍNICOS.

Anónimo disse...

Ninguem questiona o que fazem os americanos, eles provocam todo mal estar, guerras, situações que imitam tragédias naturais procurem no google sobre H.A.A.R.P VÃO FICAR ATONITOS sobre quão mal e demoniacos eles são. O mundo todo foi conivente com a invasão do Iraque. E vou invadido pra que? Interesses americanos no petróleo. Um absurdo onde o mundo todo foi conivente. America é a pior praga desse mundo. Morte aos americanos.

Anónimo disse...

Devemos respeitar o limite do quintal dos outros países. Americanos não sofrem de qualquer interferencia de outros paises, por que essa praga maldita quer dominar o mundo?? Já não basta provocar tanta guerra? Agora querem invadir o Iran. ´Não querem a soberania atomica do Iran, mas entopem os judeus com um arsenal iningualavel de bombas atomicas. ISSO É JUSTO? Temem a China e os países emergente, pois querem controle total sobre o mundo e todos n´´os dizemos amem! Trágico. Abram os olhos! Sakineh Mohammadi Ashtiani, é só um pretexto pra colocar o mundo contra Iran. Americanos julgam a sujeira dos outros enquanto o quintal deles fede carniça. Soltem os prisioneiros de Abu Ghraib, Guantanamo, Obama disse que fecharia Guantanamo ano passado mas ate agora não cumpriu e nem vai cumprir. http://soldodeserto.blogspot.com/2007/11/torturas-em-abu-ghraib.html
http://pt.wikilingue.com/es/Tortura_e_abuso_de_prisioneiros_em_Abu_Ghraib
Vão ficar estarrecidos do que os americanos são capazes de fazer. HOLOCAUSTO e Hitler ficam no chinelo perto da maldade americana. Lamentavel.

Anónimo disse...

http://www.pco.org.br/conoticias/internacional_2004/4mai_fotos.htm

Anónimo disse...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pris%C3%B5es_secretas_da_CIA

Procurem Prisões secretas da CIA, vão ficar estarrecidos. E ainda falam em holocausto...
Eu fiquei enojado como os americaos podem ser tão cruéis e bárbaros e ficar impunes.

SERGIODAUDE disse...

Sou contra qualquer tipo de imperialismos e o americano não excede a regra...
Mastratando-se de uma questão importante que tem realmente a ver com os direitos humanos, com o direito à vida e também com os direitos das mulheres não posso ficar indiferente e condenar o regime iraniano por esta e poutras condenações à morte....o adultério (que neste caso nem sequer parece ter existido) é um motivo fútil para condenar e executar alguém à morte.....

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