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Tensão entre Durão Barroso e Nicolau Sarkhozy na cimeira europeia por causa da expulsão de ciganos em França

O clima foi de tensão na cimeira extraordinária da União Europeia, entre Durão Barroso e o presidente francês Nicolau Sarkhozy.
Segundo o diário "Económico online" :
Comissária europeia da Justiça, Viviane Reding, apontou o dedo a Paris e classificou como “vergonhosa” a decisão do governo francês em expulsar ciganos.
O verniz estalou ontem em Bruxelas quando a comissária europeia da Justiça, Viviane Reding, apontou o dedo a Paris e classificou como "vergonhosa" a decisão do governo francês em expulsar 8.300 imigrantes ilegais de etnia cigana.
Ciganos expulsos da França aguardam embarque
 Reding foi mais longe e deixou claro que vai pedir ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a abertura com urgência de um processo legal contra a França, o que pode levar a um processo no Tribunal de Justiça da União Europeia.
Em Bruxelas, o ministro francês da Imigração, Eric Besson, garantiu que a França vai continuar com as políticas de combate à imigração ilegal do presidente Nicolas Sarkozy, mas garantiu que nenhuma expulsão foi feita por motivos étnicos.
O porta-voz do ministério francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Valero, reagiu com "espanto".
"Não é com este tipo de declaração que podemos melhorar a situação dos ciganos, o que tem sido a nossa preocupação", disse Valero.
O governo francês não acatou o pedido dos deputados europeus, que apelaram ao fim da deportação de ciganos oriundos da Roménia e Bulgária.
Ontem, partiu de Marselha com destino a Bucareste mais um voo com 69 ciganos expulsos.
As declarações de Reding surgiram depois ter sido divulgada pela imprensa um documento secreto do governo francês, datado de 5 de Agosto e assinado pelo ministro da Administração Interna, Brice Hortefeux, no qual é dito que deve ser dada "prioridade" ao desmantelamento de acampamentos ilegais e à expulsão de ciganos.
(ver a notícia original)
De acordo com o jornal o Público:
Barroso e Sarkozy discutiram por causa da expulsão de ciganos por Paris
16.09.2010 - 10:01 Por PÚBLICO
Durão Barroso e o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, tiveram uma conversa “muito violenta” sobre a questão da expulsão dos ciganos durante a hora de almoço em Bruxelas, disse o primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov.
O almoço dos dois líderes europeus não foi pacífico (Francois Lenoir/REUTERS)
A presidência da União Europeia, actualmente assegurada pela Bélgica, frisou hoje que a Comissão tem a obrigação de zelar pelo cumprimento dos tratados, incluindo aqueles que impedem que minorias sejam tratadas no território dos Vinte Sete como a França está a fazer no caso das deportações de ciganos romenos e búlgaros.
O derrapar do tom da conversa foi confirmado por outras fontes à AFP.
Face às críticas de Sarkozy contra Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia “recordou, e defendeu vigorosamente, a instituição e o papel da Comissão”, disse fonte próxima das discussões do Conselho Europeu, citada pela agência noticiosa francesa.
O primeiro-ministro belga, Yves Leterme, que assume a presidência semestral da União Europeia, insistiu logo de manhã, ao acolher os líderes dos Vinte e Sete, que a Comissão tem a obrigação de zelar pelo cumprimento dos tratados.
Isso inclui aqueles que impedem que minorias sejam tratadas no território europeu como a França está a fazer no caso das deportações de ciganos romenos e búlgaros.
Absteve-se no entanto de comentar o aspecto que mais enfureceu Paris nas críticas feitas pela comissária da Justiça e Direitos Humanos, Viviane Reding: a comparação das expulsões dos ciganos em França com as deportações que ocorreram durante a II Guerra Mundial.
A Comissária Europeia Viviannne Reeding
 Reding acabara ainda ontem, de resto, por vir pedir desculpas publicamente por estas afirmações – uma retracção que foi acolhida em França com um seco reconhecimento de que fora feita e continuado ultraje.
 “É escandaloso que um membro da Comissão possa fazer declarações como as que fez Reding”, reiterou já esta manhã o primeiro-ministro francês, François Fillon.
Já também em Bruxelas para a reunião do Conselho Europeu, Fillon asseverou ainda que a França apresentará provas de imediato de que está a actuar em conformidade com as leis na política de desmantelamento dos acampamentos ciganos e expulsão destas pessoas para os seus países de origem.
(ver a notícia original em o "Público online")
Em Portugal a Assembleia da República rejeitou o voto de condenação aos ciganos da França:
"Foi rejeitado no Parlamento, esta sexta-feira, o voto de condenação ao governo de França pela expulsão de ciganos, apresentado pelo Bloco de Esquerda.Apesar do “chumbo” a questão provocou algumas divisões nas bancadas de assento parlamentar. PSD, PS e CDS-PP votaram contra, à excepção de 15 socialistas e um social-democrata, que se abstiveram.
O vice-presidente da bancada do PS Sérgio Sousa Pinto votou a favor da resolução bloquista.
António Preto e José Eduardo Martins (PSD), Eduardo Cabrita, Marques Júnior, João Soares e Osvaldo de Castro (PS) entregaram declarações de voto no final."
(ver a notícia original publicada pelo jornal "A Bola" )
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