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22 de Março de 2012 . Dia de Greve Geral

Hoje, dia 22 de Março o país volta a parar.
A CGTP-in convocou uma greve para esta quinta feira dia 22 de Março de 2012 contra o agravamento da legislação laboral, "contra a exploração e o empobrecimento, pela
mudança de políticas, pelo emprego, pelos salários, pelos direitos, pelos serviços públicos"-nas palavras de Arménio Carlos, o Secretário Geral da CGTP-in.
Arménio Carlos afiançou que muito apesar desta greve geral ter sido convocada apenas pela CGTP "é de todos e para todos" e adiantou que foram contactados "variadíssimos sindicatos com estatuto de independentes e alguns até da UGT, que manifestaram a sua disponibilidade para participar nesta jornada de luta".
A outra central sindical a UGT, que assinou o Acordo de Concertação social em Janeiro último com o governo, ficou de fora desta greve e segundo declarações do seu Secretério geral, João Proença este não é o momento oportuno para participarem na greve.
Ao Económico, o secretário-geral da UGT, João Proença, disse que a sua central sindical "evidentemente não vai aderir" à greve geral marcada para o dia 22 Março.
"Temos poucas dúvidas de que esta greve geral de Março sirva objectivos concretos, ao contrário do que aconteceu na anterior", realizada entre as duas centrais sindicais a 24 de Novembro, sublinhou João Proença.
-O Acordo de Concertação Social assinado pela UGT e pelos representantes do Patronato e Governo veio a tornar desde Janeiro mais fácil o despedimento (seja por extinção do posto de trabalho , seja por inadaptação); reduz os custos do despedimento pois as empresas passam a poder pagar menos pelas indemenizações; os trabalhadores desempregados passam a receber menos subsídio de desemprego, e vem a reduzir também os dias de ferias e de feriados... O dito acordo absolutamente desfavorável para os trabalhadores portugueses beneficia enormemente as entidades patronais e as empresas que vêem também aumentados os seus apoios e benefícios.
Os líderes do Bloco de Esquerda e do PCTP-MRPP, Francisco Louçã e Garcia Pereira respetivamente,assim bem como Arménio Carlos da CGTP juntaram-se ontem à noite aos trabalhadores que estão em piquete de greve junto ao centro de recolha de lixo da Câmara Municipal de Lisboa, nos Olivais, onde apelaram à participação na paralisação desta quinta-feira.
Francisco Louçã líder do Bloco de Esquerda acusou o Governo de «insultar» os trabalhadores ao garantir que, «apesar da crise financeira, das dificuldades e da perda dos 13.º e 14.º meses, tudo vai ficar pior do que está».

O infame Acordo de Concertação Social assinado pela UGT
«Parar para melhorar as condições económicas, para defender o contrato e para defender uma economia para o emprego, é o bom-senso de que o país precisa», reiterou.
Francisco Loução adiantou também aos media presentes nos Olivais, nomeadamente à TVI : «Os sindicatos estão unidos para discutir com os trabalhadores, para os mobilizar e responder à greve», disse.
De acordo com Francisco Louçã, «a greve diz respeito a todos e quem faz greve está a dizer que o país não pode deslizar para o abismo».
Por volta das 22.30 de ontem os trabalhadores do piquete de greve da recolha de lixo impediram a saída de viaturas de recolha de lixo, gritando palavras de ordem, o que obrigou à intervenção policial, embora sem registo de incidentes.
Os responsáveis do BE, PCTP-MRPP presentes no local consideraram os acontecimentos normais, tendo adiantado Francisco Louçã que : «Os sindicatos estão unidos para discutir com os trabalhadores, para os mobilizar e responder à greve», disse.
A ADESÃO À GREVE. QUEM PARA:
Segundo o "Jornal de negócios a adesão à greve situár-se- à volta dos 100%, havendo alguns valores discrepantes...
Na página de hoje do "Jornal de negócios" pode ler-se : "A greve geral convocada pela CGTP está a ter uma adesão de 100% nos portos e em alguns serviços de transporte público, bem como em vários sistemas municipais de recolha de lixo.
Os números avançados pela central sindical ao início da manhã dão conta de 100% de adesão nos Portos de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz, Aveiro, Algarve e Viana do Castelo, nos Transportes Urbanos de Braga e na STCP (Porto), entre outras empresas.
A CGTP está para já apenas a avançar com valores relativos e não absolutos da adesão de trabalhadores à greve.
Recorde-se que o Governo já informou que não dará informações sobre a adesão para não entrar na guerra de números.
Na STCP, por exemplo, a CGTP aponta para uma adesão total, mas em declarações à agência Lusa Jorge Costa, do Sindicato Nacional dos Motoristas, disse que a greve geral está a registar uma adesão de cerca de "70%" entre os motoristas da STCP.
"O balanço que fazemos é já neste momento muitíssimo positivo.
 Temos muita adesão em muitas empresas de transportes públicos, temos uma adesão significativa na área dos resíduos sólidos, temos uma participação muito grande na área da saúde e constatamos que, neste momento, essa adesão está a subir consideravelmente noutros sectores", comentou o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, à agência Lusa.
No Metro de Lisboa, que hoje parou totalmente a circulação, a CGTP regista uma adesão à greve de 99%.
No sector da saúde, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses dá conta de uma adesão de 85% no Hospital do Barreiro, de 80% no Hospital de Elvas, de 65% nos hospitais de Viseu e Pedro Hispano (Matosinhos), com adesões menores em unidades como o São João (Porto) e hospitais de Faro, Santarém, Portalegre, Dona Estefânia (Lisboa), entre outros.
No sector aeroportuário, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) declarou haver uma adesão de 85% dos trabalhadores da SPDH – Serviços Portugueses de Handling.
Na indústria, segundo os dados da CGTP a greve deixou a “meio gás” a Unicer, em Santarém, e a Parmalat, em Palmela, afectando ainda outras indústrias, como a Centralcer, a Saint-Gobain, a SPPM, Bosch, Delphi e Visteon, por exemplo. "
(Ver o artigo do Jornal de negócios:"Greve com maior adesão nos transportes, portos, e recolha de lixo) 
BARCO DA TRANSTEJO A CIRCULAR NO TEJO
Facto que surpreendeu tanto à Transtejo como aos utentes é o de ter estado a circular pelo menos durante o periodo da manhã (e até ao almoço) um barco da Transtejo assegurando as ligações do Barreiro, Montijo, Cacilhas e Seixal para Lisboa.
Segundo José Augusto da FECTRANS (Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações) «Não existe deceção mas há que reconhecer que é uma situação menos boa, mas que não nos vai desmotivar.
Temos que compreender que as pessoas vivem um quadro difícil, mas ainda assim a esmagadora maioria dos trabalhadores está em greve».
É importante que se continue a pressionar o governo para que mude as suas politicas laborais e que lutemos para que as conquistas do 25 de Abril e da democracia não se perdam a favor dos intereeeses sórdidos de alguns..... O Blog Desigualdade de Direitos solidarieriza-se com esta greve geral....

1 comentário:

Anónimo disse...

Tal como na última greve geral de Novembro de 2011, voltaram a registrar-se confrontos entre a PSP e os manifestantes de uma "plataforma 15 de Outubro" e voaram cadeiras e mesas no largo do Chiado, a caminho da Assembleia da República. O povo português começa finalmente a reagir...

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