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Assassínio de Carlos Castro: Renato Seabra volta a tribunal esta sexta-feira 4 de Março

No dia 7 de Janeiro,a sociedade portuguesa  foi surpreendida com o chocante asssassinio do conhecido jornalista , comentarista  e cronista social Carlos Castro.
O assassino de Carlos Castro , Renato Seabra , um jovem de 21 anos é também conhecido dos portugueses pelas suas participações recentes em alguns concursos televisivos com destaque para "À procura de um sonho" onde foi um dos doze finalistas.....
Aquele concurso destinava-se a revelar novos modelos fotográficos...
Segundo consta ambos terão mantido uma relação de amizade (e ao que tudo indica de contornos sentimentais) iniciada na rede social "Facebook" em finais do segundo trimestre de 2010, relação essa que terá durado vários meses até áquela fatídica Sexta-feira  num Hotel de Nova Iorque (Hotel Intercontinental) situado na zona de Times Square em Manhatann.
Ao que tudo indica e segundo a confissão de Renato Seabra na sequência de uma desavença os dois ter-se-ão envolvido em contenda física e Renato Seabra terá agredido ao colonista social Carlos Castro com um monitor de computador, terá asfixiado o jornalista de 65 anos e depois apunhalado e castrado com um sacarrolhas além de algumas outras agressões
Pormenores macabros e o relatório policial
De acordo com o jornal "SOL" em artigo publicado naquele diário:
"Na confissão,Renato afirmou ter agarrado Carlos Castro pelo pescoço, por trás, empurrando-o depois contra o chão, enquanto comprimia a traqueia.
Em seguida, apunhalou -o na virilha e na face com um saca-rolhas.
A mesma arma foi usada para cortar os testículos de Castro, segundo a confissão.
Mas a violência, que durou cerca de uma hora, não ficou por aí.
 Renato agrediu Castro na cabeça com um monitor de computador e pisou a cara do colunista social com os seus sapatos.
O relatório da autópsia aponta as 14h como hora provável de morte - cinco horas antes de o cadáver ser encontrado pelo pessoal do hotel e pela polícia.
Indica ainda a existência de marcas do calçado de Renato na face da vítima.
O modelo disse também à polícia ter-se despido e tomado um duche depois de consumado o crime, tendo posto um fato, antes de sair do quarto.
À saída do hotel, o jovem modelo encontrou na recepção Vanda Pires e a filha, duas amigas de Castro que tinham vindo ao Intercontinental, alarmadas por o colunista social não atender o telemóvel.
Renato afirmou ter sido questionado insistentemente por ambas acerca do paradeiro de Castro, enquanto tentava sair.
Foi então que lhes disse que Carlos estava no quarto, deu-lhes o número do mesmo e saiu do Hotel.
Terá depois vagueado e entrado num táxi no terminal de Penn Station, não muito longe do local do crime.
Pediu ao taxista que o levasse até ao Roosevelt Hospital.
 Foi aqui que a polícia o veio a encontrar, antes de o conduzir a Bellevue para «avaliação psiquiátrica».
A intenção não terá sido a fuga do país, uma vez que deixou para trás o passaporte e outros documentos de identificação, dinheiro e até telemóvel.
 No quarto, a polícia encontrou também as alegadas armas do crime:
um saca-rolhas, uma garrafa de vidro e cacos, um monitor de computador e um par de ténis.
No número 3416 ficaram ainda um computador portátil, um iPod, uma máquina fotográfica, roupa e relógios, entre outros objectos.
A acusação contra Renato tem ainda na sua posse fotografias do local do crime, gravações que pretende apresentar em tribunal, possivelmente da confissão e outros depoimentos de testemunhas, bem como o relatório do médico legista e o relatório de biologia forense e de impressões digitais. "
(ver o original,  artigo  completo -em "SOL.pt" - clicar )
Renato Seabra foi detido pela polícia Nova-Iorquina e recebeu voz de prisão no dia 8 de janeiro (um dia depois) ás 23 horas depois da sua confissão à polícia.
É de notar que a lei nova-iorquina determina que aos suspeitos de um crime sejam lidos os seus direitos (Miranda warnings)e que a validade da confissão seja discutida numa audiência paralela.
-Renato Seabra está indiciado pelo crime de homicídio em 2º grau o que pressupõe uma moldura penal segundo a lei do Estado de Nova-Iorque entre 15 e 25 anos a prisão perpétua, sendo apenas possível pedir a liberdade condicional depois de cumpridos 25 anos da pena.
Também segundo o artigo anterior publicado no jornal "SOL":
"Renato teria evitado a ida a julgamento ao declarar-se culpado perante o Supremo.
Mas um acordo entre o seu advogado e a procuradora ainda é possível.
E, segundo juristas norte-americanos, mesmo o mais provável.
Ambos irão apresentar moções sobre aspectos legais do processo, como a validade da confissão.
Mas o réu poderá ainda - em troca de uma pena menos pesada -, declarar-se «guilty» (culpado)."
Apresentação de Renato Seabra perante o tribunal na primeira audiência preliminar:
"Calças de fato de treino cinzentas, casaco cor-de-laranja do uniforme prisional.
Sempre algemado de pés e mãos.
 Mais magro, pálido, cabisbaixo, Renato Seabra percorreu lentamente os corredores do Tribunal de Nova
Iorque, às 14h30 de ontem (19h30 em Lisboa), para três minutos na sala de audiência, no 13º piso.
 Dois guardas encaminharam-no ao lugar, sentado na cadeira à frente do juiz Charles Solomon, onde se manteve impávido a ouvir a acusação por homicídio em 2º grau de Carlos Castro - punível de 25 anos até
prisão perpétua.
O jovem, de 21 anos, foi percebendo tudo pela voz do tradutor.
E só falou para se declarar inocente.
À pergunta "como se declara?", Renato murmurou em inglês que se considerava "não culpado", palavras repetidas pelo seu advogado, David Touger, ao juiz.
 No banco da acusação esteve sozinha Maxime Rosenthal, procuradora do Ministério Público encarregada do caso.
Ficou em silêncio toda a audiência.
O juiz já tinha num envelope a decisão do Grande Júri - 23 eleitores do estado de Nova Iorque, que ontem não estiveram no tribunal.
Enviaram a acusação por carta.
É com base nela que o jovem chegará a julgamento pelo crime de 7 de Janeiro, quando terá morto e mutilado o cronista num quarto de hotel.
Tudo isto foi contado à polícia pelo jovem já no Bellevue Hospital, de onde ainda não teve alta por motivos psiquiátricos - mas uma das "moções de refutação de provas" que o advogado vai apresentar, até à sessão de 4 de Março visa anular a confissão no hospital.
".....defesa e acusação vão encontrar-se e discutir um possível acordo
- só cinco por cento dos casos em Nova Iorque chegam a julgamento.
Se concordarem na pena a aplicar, esta é desde logo fixada.
Para já, a inocência que Renato Seabra reclama prende-se com uma possível insanidade momentânea na altura do crime - uma tese que vai depender em absoluto do parecer dos médicos.
(...)Na segunda vez em que enfrentou o tribunal, o modelo só levantou os olhos para ver o advogado, o juiz, e fitar uma vez as objectivas dos fotógrafos.
No final,foi levado de volta para o hospital.
"RELATÓRIO DOS MÉDICOS ANULA A CONFISSÃO"

A acusação é de homicídio em 2º grau, mas o advogado pretende refutar provas da polícia na próxima audiência, a 4 de Março.
Uma delas é a confissão de Renato no hospital.
"Poderá ser anulada com relatório médico a provar que não estava em condição de prestar aquelas declarações", explica o advogado Paul da Silva.
Antes de ir para julgamento, acusação e defesa reúnem-se diversas vezes
com o juiz para apresentação de provas e discussão de possível acordo na pena a aplicar.
TERÁ DE CUMPRIR 6/7 DA PENA
O Grande Júri decidiu manter o sentido da acusação da procuradora, não a agravando para homicídio em primeiro grau - punível directamente com prisão para o resto da vida.
Para os casos de homicídio em segundo grau, a pena prevista nos EUA situa-se entre os 25 anos de reclusão e a prisão perpétua.
A ser condenado sob esta (última)acusação, Renato não pode ser extraditado, tendo de cumprir pelo menos 6/7 da pena em território norte-americano.
Também não terá direito a liberdade condicional
CARRINHA: ENTRADA DISCRETA
A chegada de Renato ao tribunal foi discreta.
A carrinha do Departamento de Correcção entrou directamente para o edifício, pela garagem.
No fim, levou o jovem de volta ao Bellevue Hospital.
ADVOGADO: "DEFESA VIGOROSA

"O advogado de Renato Seabra voltou a sublinhar que pretende apresentar uma "defesa vigorosa" do seu cliente, não adiantando qual a estratégia específica que pretende utilizar.
FOTÓGRAFOS: NO LUGAR DO JÚRI

A sessão de ontem ficou marcada pelo aparato de muitos jornalistas portugueses e estrangeiros.
Os fotógrafos puderam sentar-se na bancada onde habitualmente se senta o
júri.











Este caso para além de implicar com a vida da família de Carlos Castro e directamente com a de Renato Seabra, o confesso assassino, implica também com a vida de familiares, e amigos bem como também igualmente de forma mais ou menos directa com a da mãe do jovem modelo fotográfico pois esta está disposta a tudo para ajudar a custear a defesa do filho e já circulam na internet duas petições com objectivos distintos uma delas com o intuito de pedir ao Governo Português que interceda através do Ministério dos Negócios Estrangeiros para que Renato seabra em caso de condenação seja extraditado para Portugal onde cumprirá a pena mmáxima num total de 25 anos.
Circula também uma outra petição que pede a não extradição de renato Seabra para Portugal.
Qualquer uma destas petições terá lugar a página neste blog, em artigos próximos.

Artigos Relacionados:
Nos media:
- Renato Seabra em entrevista ao jornal "O Independente de Cantanhede" (Set.2010)
- Times Square Murder: Renato Seabra In Custody For Murdering Journalist
- Página de Renato Seabra no Hi5

Neste blog:
-Renato na sessão do tribunal de Nova-Iorque (dia 4 de Março)

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