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Maputo já regressou à normalidade: o Governo congelou o aumento dos preços...

A calma regresssou a Maputo depois dos acontecimentos decorridos da greve-geral e das manifestações dos dias 1 e 2 de Setembro motivadas  na sequência do anúncio anterior do governo moçambicano de que este iria aumentar o preço do pão e dos bens essenciais.
Uma padaria em Maputo
A greve tal como já se referiu num artigo anterior foi convocada por SMS no dia anterior...e os protestos que assolaram a capital moçambicana pautaram-se segundo o balanço oficial e as contas da polícia, por cerca de 10 mortos, 150 feridos e muitos detidos.
Depois das covulsões nas ruas dos dias 1 e 2 de Stembro a situação acalmou, tendo o governo moçambicano implementado o aumento geral dos preços no dia 6 de Stembro.
No entanto um dia após o aumento dos preços dos bens essenciais, o governo retrocedeu na sua posição e ordenou o congelamento dos preços, decisão que foi recebida com agrado e satisfacção por uma população que vive muito abaixo do limiar da pobreza.
Segundo a imprensa portuguesas correm rumores de que o governo terá entretanto cortado o serviço de envio de mensagens Sms o que foi desmentido pelo ministro dos transportes e comunicações Paulo Zucula..
No dia 6 de Stembro entraram em vigor os novos preços....
O Governo congelou o aumento dos preços no dia 7 de setembro
Recordemo-nos que o salário mínimo nacional em Moçambique é de cerca de 50€ mensais,salário com o qual muitas famílias têm de fazer frente a um custo de vida bastante elevado, e adquirir os bens essenciais que se posicionam ao nível geral dos preços practicados em Portugal.
Muitos dos bens que adquirimos nos supermercados portugueses tal como queijo, fiambres por exemplo poderão ser vistos por muitos moçambicanos como uma extravagância á qual muitas famílias de parcos recursos não se poderão dar ao luxo de comprar.
O balanço dos protestos
Segundo se pode ler no diário online moçambicano "O País online":
"Em jeito de balanço, o Comando geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) emitiu, ontem, um comunicado de imprensa, no qual diz que os manifestantes, na sua maioria “jovens de ambos os sexos, desempregados, aparentavam ter consumido álcool”, além de terem aparências de “vendedores informais”.
A PRM não fez nenhum estudo de caso, mas diz que “há registo de menores que foram aliciados para integrarem este grupo de indivíduos que protagonizaram estes desacatos”.
Como consequência da revolta popular de 1 e 2 de Setembro, a polícia deteve um total de 286 cidadãos, dos quais 2 do sexo feminino.
O comunicado do comando geral foi emitido ontem à imprensa, mas aparece com dados não realísticos, sobretudo no que refere ao número total de mortos.
Para a polícia, as manifestações resultaram em 10 óbitos, mas antes de ontem, o ministro da Saúde, Ivo Garrido, disse à imprensa que até segunda-feira somavam-se 13, registados nas unidades sanitárias.
Esses dados não incluem mortes ocorridas fora das unidades sanitárias.
Em termos do universo de feridos, as autoridades policiais falam de um total de 149, dos quais 5 são agentes da PRM.
Vandalização
O saldo do levante popular da semana finda é de 13 autocarros vandalizados; 5 viaturas particulares incendiadas; 66 estabelecimentos comerciais saqueados; 75 toneladas de cimento roubadas na Matola-Gare, em 3 vagões dos Caminhos de Ferro de Moçambique, para além das fábricas da Higest, Sasseka, Fiz; 3 instituições bancárias vandalizadas; 2 estações de abastecimento de combustível e 6 postos de cobrança de Electricidade de Moçambique.
Ainda durante a semana finda, a PRM deteve um jovem no bairro “Benfica”, encontrado na posse de 11.000,00Mt em notas falsas."
(Ver a notícia original em "O País online ")
As manifestações também tiveram como consequência a interrupção dos serviços de recolha de lixo, sendo visíveis por toda a cidade de maputo muito lixo não recolhido nas ruas:
Rumores sobre a interrupção do serviço de envio de Sms
A este respeito o jornal " O país online adiantou:
Não tenho conhecimento de uma instrução para suspender SMS”
Quarta, 08 Setembro 2010 09:03 Redacção .
À saída do Conselho de Ministros que teve lugar ao fim da manhã de ontem, o ministro dos Transportes e Comunicações, que falava à Televisão de Moçambique, negou ter mandado suspender os serviços de mensagens no país.
Paulo Zucula reagia assim a afirmações de alguns órgãos de comunicação internacionais que davam conta da ordem expressa pelo Governo para suspender os serviços de mensagem no país.
 “Eu, o ministro da tutela das comunicações, não tenho conhecimento de uma instrução do Governo para suspender os serviços de mensagens”, disse o ministro, acrescentando que as operadoras têm frequentemente problemas de rede e que este é um problema técnico habitual.
 Zucula aconselhou, por fim, a imprensa a falar com as operadoras.
De recordar que, desde segunda-feira e durante o dia de ontem, tanto a mcel como a Vodacom não permitiam o envio de mensagens.
Fonte autorizada da mcel disse ao “O País” que “houve problemas em algumas plataformas do pré-pago”, sendo que os mesmos não aconteciam a nível do contrato.
Os problemas técnicos registam-se a nível nacional, e começaram, segundo a fonte, a ser solucionados na manhã de ontem.
A mesma fonte garantiu que estes problemas nada tinham que ver com os protestos da semana passada, em que as SMS foram o principal meio de comunicação dos manifestantes.
No que toca à Vodacom, a Linha de Apoio ao Cliente também confirmou que, desde a noite de segunda-feira, o envio e recepção de mensagens para toda a rede Vodacom estavam paralisadas, e que ainda não sabia quando é que a situação seria regularizada."
(ver a notícia públicada no "O País online")
A Maputo de hoje...
O vídeo que se segue correspondente a uma reportagem efectuada em maputo em 2009 dá uma ideia geral do ambiente cosmopolita da cidade de Maputo...
Passados os anos de estagnação decorrentes da guerra cívil eis que a cidade se moderniza...
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