Henrique Sotero, o "violador de Telheiras, acusado de 74 crimes (72 deles confirmados) que vão desde violação. abuso sexual de menores, coacção sexual , pornografia infantil, rapto e sequestro entre outros, e preso preventivamente desde 6 de Março de 2010 tem data de julgamento marcada para o dia 24 de Março depois de um adiamento no dia 10 de Janeiro devido á falta do relatório médico-legal conforme noticiaram alguns meios de comunicação.
Henrique Sotero que após a relatada agressão na Área Prisional da Polícia Judiciária "gozou" de alguns meses de anonimato noticioso , voltou a ser notícia já em finais de 2010, por ocasião da quadra natalícia quando enviou cartas às vítimas , nas quais parecia pedir perdão às vítimas e enviava vales de correio .
Segundo notícia do diário online IOL.PT:
"Várias cartas começaram a chegar às vítimas do «Violador de Telheiras» a poucos dias do arranque do julgamento.
As missivas ameaçam e podem valer-lhe mais um processo.
O texto é escrito a computador e começa sempre da mesma maneira.
«Espero que não leve a mal escrever-lhe esta carta para lhe pedir um sincero perdão por todo o mal que lhe fiz».
Às jovens que exigem indemnização, Henrique Sotero junta vales de correio com montantes que variam entre os 10 e os 250 euros... o objectivo é, assegura o violador confesso, compensar os prejuízos materiais causados.
«Quanto aos danos morais que a fiz sofrer pelo meu indigno e criminoso comportamento, eles nunca serão ressarcíveis por qualquer indemnização, mas ainda que o fossem, também não a poderia pagar porque nada tenho».
As cartas remetidas antes do ano novo têm direito a mais umas linhas: «Desejando boas festas e um ano novo bem melhor do que este que agora finda». "
Ver notíca em
IOL.pt .
-Extrema frieza e insensibilidade ou extrema cretinice??? Não deixa de ser uma manifestação de insensibilidade e de desvalorização pelo sofrimento e danos morais que causou às vitimas, e soará também como uma tentativa egoísta de "comprar" e demover as vítimas dos procedimentos judiciais que justamente moveram contra ele.
Recentemente os media noticiaram que Henrique Sotero acusou a mãe de ter sido autoritária e pouco carinhosa com ele e daquela falta de atenção ter estado na origem do seu comportamento anti-social.
RELATÓRIO SOCIAL D.G.R.S.
Documento elaborado por um técnico da Direcção-Geral de Reinserção Social foi realizado com base em entrevistas e será fulcral para a determinação da pena
"(...) É o mais novo de dois irmãos, tendo o seu processo de desenvolvimento decorrido até aos 12 anos de idade, altura em que os pais se separaram, num agregado familiar de condição socio-económica modesta, mas estável. Pai operário e mãe reformada após ter exercido a actividade de telefonista.
"(...) A mãe evidenciava atitudes de acentuada rigidez, autoritarismo e desafecto e o pai uma postura ausente mas mais condescendente (...)
O arguido revela um sentimento de ter sido preterido pelos pais, e essencialmente pela mãe, em relação ao irmão, sentindo que [os pais] sempre tiveram uma atitude de maior exigência, rigidez e de responsabilização para com ele e uma atitude mais desculpabilizante e de preocupação para com o irmão.
"(...) O relacionamento entre os pais é descrito pelo arguido de uma forma negativa, salientando a existência de um conflito permanente [entre os pais] com ausência de relação afectiva e física, que considerou não própria de uma ligação matrimonial equilibrada.
Na altura, percepcionou este contexto familiar como normal, mas actualmente considera que o terá marcado negativamente ao nível pessoal, essencialmente ao nível dos afectos.
Após a separação dos pais, o arguido manteve-se a viver com a mãe, em Massamá, onde sempre viveu, mantendo um relacionamento regular com o pai.
"O percurso escolar do arguido decorreu normalmente até ao 12.º ano (...) tendo encontrado dificuldades e desmotivação durante a frequência do ensino superior (...) Segundo o próprio, não conseguiu ter um aproveitamento académico regular devido à falta de método de estudo (...)
Concluiu a licenciatura em engenharia química, em 2004, após frequentar o ensino superior durante seis anos.
"[Ainda estudante de engenharia], e como forma de obter alguma autonomia financeira, desenvolveu pequenas actividades, designadamente distribuição de publicidade, paquete, figurinista em programas de televisão, recepcionista num consultório médico, operador no ‘call center’.
Em 2005, com 25 anos, integrou a empresa ZON, onde conseguiu vinculação laboral efectiva.
"Ao nível afectivo, antes de iniciar namoro com a actual companheira, aos 21 anos, manteve duas relações de namoro, a primeira com 17 anos, que durou alguns meses, e a segunda com 18 anos, que se manteve por cerca de 3 anos.
Referiu não ter tido relações sexuais durante os dois primeiros namoros (...)
Referiu ter tido a primeira relação sexual durante uma relação esporádica, antes de iniciar a ligação amorosa com a actual companheira, após a qual se manteve sexualmente activo.
"No período que antecedeu a prisão, Henrique Sotero mantinha relação marital com a companheira, desde 2006, residindo na habitação adquirida por ambos com recurso a crédito bancário, actualmente somente propriedade de ambos (...)
Henrique Sotero reconhece que assumiu ocultamente comportamentos disfuncionais de carácter sexual para os quais não consegue encontrar motivos racionais.
"Afirma não ter tido a clarividência para procurar apoio psicológico, por vergonha da natureza dos seus actos e por receio da companheira se aperceber. Após ter conhecimento da existência de uma investigação criminal (...) decidiu contar à companheira que o apoiou e aconselhou a procurar aconselhamento psicológico.
Foi avaliado e acompanhado por três profissionais de saúde mental a partir de Novembro de 2009 (...) refere que na altura da ocorrência destas situações o seu comportamento era motivado por impulsos não controlados (...)
[Diz que] não tinha a consciência de que estava a causar dano, elaborando aquilo que considera ser uma fantasia de que a vítima estaria a ter prazer, que associava também a um sentimento de impunidade e que apesar de num momento posterior sentir culpa e reconhecer o dano não tinha capacidade em alterar a conduta, tentando repeti-la (...)".
Henrique Sotero é visitado pela namorada (Filipa Sobral) com quem pretende casar-se e que o descreve como "carinhoso, meigo e cuidadoso" mas com"dificuldade em se entregar" de acordo com a versão impressa do jornal de publicação diária "O Correio da Manhã" de Domingo 27 de fevereiro de 2011.
O Video que se segue é da ida do Violador de Telheiras ao Instituto de Medicina Legal
Os vídeos que se seguem dão a conhecer diversas opiniões relativas aos diversos desenvolvimentos deste caso:
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